Mulher Cristã

 Quando a consciência não é coletiva e pensada no bem estar de alguém, procuramos culpados pelas grandes tragédias e não lembramos que os nossos pequenos delitos contribuem para esse resultado negativo. É só um bolinho. É só um churrasco. Foi só uma visitinha. A gente só vai fazer umas comprinhas. A gente saiu só para almoçar rapidinho. Preciso tirar um pouco essa máscara, aqui dentro ninguém vai ver. Eu tenho que ir ao supermercado. Foi só uma saidinha. Só fui na lotérica e voltei. Não dá pra fazer atividade física de máscara. Tadinha, minha filha precisa se distrair no shopping. Experimenta, olha que drink maravilhoso, não tem nada compartilhar um canudo. Quem nunca pensou dessa forma ou fez uso dessas frases. Essas, são apenas algumas desculpas, que utilizamos no dia a dia, não temos consciência das nossas transgressões, não nos sentimos culpados, porque o outro é que não se cuida direito, a culpa, é sempre do governo e de outras pessoas, se não foi infectado, parabéns, mas não ...

Nem sempre conseguimos calcular ou definir a força de uma mulher pela capacidade que tem de controlar as lágrimas, mulheres fortes, tendem a chorar com mais facilidade, em meio às lágrimas é que encontram forças para submergir dos seus abismos. Quando uma mulher chora, arranca do peito todos os seus medos, extravasa todas as frustrações, se rende diante do inevitável, daquilo que não tem mais jeito, que chegou ao fim. Mulher que chora, entende de jogar a toalha, aprende a perder, a retroceder alguns passos para saltar outros tantos lá na frente. Mulher não chora à toa, é dura na queda, resiste até o fim dos seus limites e quando permite que as lágrimas inundem os seus olhos é porque chegou no fim da tolerância, transbordou o seu rio, mas é nesse momento que encontra forças para aprender a nadar, é nesse instante que se descobre capaz de seguir adiante, engole o choro e vai. Não há obstáculos capazes para parar uma mulher com lágrimas nos olhos, ela não se intimida diante deles. O choro...