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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Exijo ser amada, apesar das minhas convicções

Sei que já fez muito, além da capacidade física, para proteger algumas pessoas. Já sofreu, sem dizer nada, para não magoar outras. Já tentou encobrir situações, para evitar novos conflitos. Já recebeu falsas acusações por palavras que nunca proferiu. Já foi acusado injustamente por alguém da sua confiança, por algo que não fez. Já ficou com muita raiva, mas não disse nada. Já chorou escondido, para que não vissem, a sua fragilidade e o seu sofrimento. Já implorou pela justiça de Deus, quando em algumas situações, não conseguiu se defender. Alguns relacionamentos são mantidos através de grandes sacrifícios, mas, a partir do momento que, essa paz é negociada com base em qualquer sofrimento para alguma das partes, que esse cessar fogo, é feito através da renúncia, ou da abdicação sobre pontos de vistas divergentes, abrir mão daquilo que acredita, talvez, esse não seja o caminho adequado para a manutenção desses relacionamentos.Quando são necessárias concessões, para que alguém esteja ao

A gente não sabe de nada

Sob a perspectiva individual, podemos pensar em um ser convicto sobre as suas crenças e verdades, o espelho reflete essa perfeição e a obra é completa. Quando a análise tem por base, também, o outro e as opiniões divergentes, falando em partes perfeitas e alguns defeitos, as chances chegam a 50%. Quando toma por base, o respeito e as diferenças,  a questão do direito e da razão desaparecem, começamos a pensar em um ser moldável ou maleável, capaz para se adaptar conforme as necessidades daquele instante, sem o percentual de acerto indicado em outras possibilidades, o outro então, passa a existir e as divergências perdem a importância. Vivemos de forma equivocada quando a vida gira em torno daquilo que pensamos ser o jeito certo. Se não considerarmos que, o erro não é exclusivo, que não somos detentores de toda a verdade, que a inclusão é também de opiniões e pontos de vista diferentes, seguimos na direção de mundos cada vez mais intransigentes, inimigos da palavra do outro e sem persp

quando os muros foram erguidos

Saudades do tempo que não tinha amanhã Que não importava a duração, o hoje acabava ali, sem prorrogações A bagagem não era pesada, carregava o que podia aguentar, se a carga pesada fosse, deixava pelo caminho, sem olhar para trás Sinto saudades de não temer o perigo, quando o medo não limitava as ações Mesmo que a casa fosse de palha, o lobo não ia derrubar Naquele tempo, a gente não sabia o que era morrer, outrora a gente tinha coragem, para ir além Amanhã chegou carregado de responsabilidades, deixamos tudo para depois, talvez, nunca porque nunca tem tempo porque nunca tem dinheiro porque lá é perigoso porque falta alguma coisa porque muros foram erguidos porque o mundo é muito grande porque a distância impõe barreiras porque a gente não o conhece. Ontem, parecia tão mais encantador, sem limites para barrar as ações.... Déa Corrêa