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Mostrando postagens de junho, 2020

A jornada, é em direção à casa de Deus

A morte é assunto proibido para algumas pessoas, confesso que já tive muito medo de morrer e não gosto de pensar que pessoas muito amadas, um dia, terão que partir, que não iremos mais conviver. Quando os meus filhos eram pequenos, pensava que não poderiam sobreviver sem a minha presença, e esse medo causava muita apreensão, quem iria cuidar deles quando não estivesse aqui? Nada como o tempo, para nos fazer entender, que não somos insubstituíveis, que a nossa jornada, é em direção à casa de Deus, e lá é lugar de paz e não de sermos afligidos, e não há nada que possa nos impedir de chegar até lá. Por mais valente que seja, quando chegar a hora do encontro, quando o trem parar na estação, cessam todas as possibilidades, não haverá mais uma chance, o tempo terminou. Nesse trajeto, que pode ser curto ou longo, se prepara para chegar ao seu destino final, sem muitas bagagens pesadas, mergulha fundo em busca da sua cura interior, dispa-se das suas mágoas, dos seus rompantes de raiva, das sua

A voz do coração

Nem sempre tomamos decisões acertadas, às vezes, a gente erra. Mas, erramos com maior intensidade, quando não ouvimos a voz do nosso coração, o alarme natural que soa, quando tomamos alguma direção errada.Se acender essa luz vermelha, põe o pé no freio, é menos arriscado, não é de todo ruim, um pouco de prudência. É frequente sentirmos que algo não está certo, que tem alguma coisa errada, e ignoramos, lá na frente, somos obrigados a dizer que, deveria ter ouvido a voz, do coração, a intuição, o sexto sentido, o espírito santo, o próprio Deus. Em todas essas manifestações de prudência, de pensar um pouco, vejo a sua mão, nos protegendo do mal. Todas as vezes, que sentir essa necessidade de recuar, de não avançar na direção que caminhava, siga os seus instintos, obedeça a voz da intuição, que pede para você parar, ou pelo menos estar mais atento. Não tenho todas as respostas para essas sensações, não são totalmente claras as explicações, é pela fé, mas em todas elas enxergo Deus,  e não

Meu coração é caipira

Meu coração é caipira Com alma forjada no entardecer da roça Regado a café com pão de queijo e biscoito de polvilho Na beira do fogão à lenha, esperando o frango caipira Temperado com açafrão, acabar de cozinhar. Das noites estreladas, do milho assado na fogueira e das muitas histórias para contar Da emoção de ver as serras verdes, da chuva caindo, quando a seca tomava conta do lugar Das galinhas correndo no terreiro,  atrás do milho que acabou de jogar Dos primos que a gente não esquece do desejo do encontro, e da vontade que dá Meu coração é caipira, adoçado com rapadura e mel de abelhas para completar O sentimento é puro, não tem sofisticação Gosta das coisas simples, de dizer o que sente sem floreios O "eu te amo" é para sempre, diz uma vez só Se esconde na cidade, guarda no peito a saudade, tem esperança de voltar  Coração caipira, se acalma, um dia, a gente vai se encontrar

Quando tudo isso passar

Quando tudo isso passar e a gente esquecer, que um dia fomos aprisionados, que as asas foram cortadas, que a liberdade perdeu o direito de escolher ir, o que vai fazer lembrar, é pensar que cada atitude contou, que essa globalização nos tornou responsáveis pelo outro, que escolhemos ficar presos em casa, por amor à vida de alguém. Há que se conscientizar, que não tenha sido em vão, que a escolha foi a mais acertada possível, não havia outra forma de se proteger, naquele momento todas as outras possibilidades perderam o sentido, a gente tem que fazer valer a pena. Nessas situações de obrigatoriedade, de ter que fazer, que a gente fica com raiva, sem o desejo de obedecer, se sentindo impotente diante da imposição do distanciamento, o único consolo capaz para preencher essas inquietações, é a certeza que esse tempo não foi perdido em um mar de atividades inúteis,  que não modifiquem sua vida na pós quarentena, foca nas coisas importantes, aprende algo que possa lembrar.Todo conhecimento a