Ser mulher

Folgo em saber que não sou  única, que os meus conflitos emocionais são comuns, tem muita gente assim,  sentimentos confusos e variáveis sobre o mesmo assunto. Por vezes, temos dúvidas sobre quem a gente é, indefinição total. E é crucial saber, quem somos, o que desejamos e para onde vamos. Mas como decidir, se não sabemos realmente o que queremos?
Desvendar esse ser é nadar num mar de indecisões, são fatores muito variáveis que definem as nossas emoções e como somos emotivas. Os hormônios não dançam conforme a música, tem um ritmo próprio e tem vezes que erram os passos, não ensaiam direito. Ser mulher é entrar num voo sem escalas, rumo ao desconhecido, nunca sabemos onde e quando vamos chegar, porque quando temos o controle, mudamos  a rota sem avisar. É verdade que somos mal compreendidas, quase não entendem essa nossa instabilidade, a gente muda, nos transformamos e depois teimamos em voltar a ser o que era antes. Somos conflito em forma de gente, e a gente sente,  não dá para entender, e o que muitas pessoas não sabem é que  muitas vezes, não sabemos como fazer, mesmo que pareça, não temos prontas todas as respostas. Há um consenso sobre a nossa instabilidade emocional, o que não explica a falta de interesse sobre o que sentimos em cada momento. Somos frágeis, carentes, dependentes de amor, mas quando nos levantamos para defender alguma causa ou qualquer interesse, sai de perto. Ser mulher é isso, uma caixinha de surpresas todos os dias, no meio do dia costumamos trocar os laços, mas se olhar direito, vai ver que são surpresas maravilhosas, a gente se renova sempre...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Deus é que sustenta a minha sorte

Há entre nós, alguém, querendo aprender a pescar?

Um pouco de mel e bálsamo