Filhos que não assumem responsabilidades

Numa reunião de escola, hoje, falamos sobre os jovens que não assumem as responsabilidades sobre as obrigações escolares, trabalhos, lições de casa, cadernos, agendas e buscam sempre uma desculpa para as atividades não cumpridas. Minha mãe esqueceu o uniforme. Minha mãe não lembrou o horário da aula. Minha mãe não sabe resolver essa questão. Não posso fazer o trabalho porque a minha mãe não pode levar. A lição está incompleta porque a minha mãe teve que sair. Minha mãe não quis buscar o livro que eu deixei na escola.   É culpa dos alunos, da escola ou temos uma grande parcela de responsabilidades sobre essas ações, como pais? A partir de quando o meu filho é capaz para assumir essas tarefas? Se eu abrir mão de cuidar das suas obrigações, assumo que não sou a mãe de uma criança e o assumo como um pré-adolescente com responsabilidades e deveres? Há um grande questionamento sobre esses temas e alguns pais não sabem como lidar com essas divergências. Se cuida demais, cria um filho irresponsável. Se cuida de menos, não alcança os resultados almejados. Ficamos em cima do muro sem saber para que lado devemos pular, porque se errarmos nessa dosagem, no mínimo teremos um adulto problemático.
Gostamos de mimar os nossos filhos, isso nos dá a ilusão de que protelamos um pouco mais a infância, parece que não vão crescer com tanta rapidez. Mas essa atitude, se não for bem direcionada, traz graves consequências para a formação dessa criança. A psicologia trata esse tema constantemente, com diversas abordagens, em todas afirmam que são capazes para assumir responsabilidades. Portanto, o incentivo parte dos pais. Determine sobre quais obrigações serão totalmente responsáveis. Faça um acordo familiar. Seja coerente, de acordo com a idade, introduza aos poucos essas novas tarefas. Deixe sem pesos na consciência, sobre a responsabilidade dele, o material escolar adequado para as atividades, lições, trabalhos escolares, tarefas de casa, separar o uniforme para as atividades. Cuidar das datas e horários dos compromissos. E ainda é possível introduzir alguma ajuda para o trabalho doméstico. Ensine que essa responsabilidade, diferente do que ele pensa, não é sua. Mesmo que fique de longe observando, deixe que dê esse pequeno passo para a vida adulta. Com a consciência tranquila, permita que arque com as consequências sobre as atividades não realizadas. Protelar esse momento não vai ajudar na sua formação, pode ser que crie apenas mais um adulto folgado.   

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