Mãe não nasce muda

Mãe de verdade, tinha que nascer muda, para não dizer nada sobre os erros dos filhos. Manter-se calada diante de tudo.Vivemos o tempo da omissão, de manter a boca fechada,  todas as direções apontam para o silêncio maternal. Mãe não pode brigar. Mãe não pode gritar. Mãe não pode obrigar. Mãe não pode falar. Mãe não pode proibir. Mãe não pode fazer nada, a casa é como uma delegacia, onde o erro entra e sai pela mesma porta. Dentro da casa, as regras não podem ser impostas, para evitar constrangimentos. Causa certa apreensão exercer esse papel, porque tem coisas que a gente tem que dizer. Ainda que essa fala, nos torne inconvenientes, não dá para delegar a outras pessoas. Às vezes, até tento me controlar, ficar calada, mas o importante papel que Deus me entregou, não permite que algumas situações passem em branco. Mesmo tendo o controle sobre as emoções, mesmo achando que não é tão grave, não posso escolher não dizer nada. A omissão não ajuda, todos os filhos sabem o que é certo e o que é errado e até onde podem chegar. Não duvide das intenções dessas proibições, mães conhecem  e sabem até onde podem ir com os seus filhos.Toda casa tem suas regras,  quando abrimos mão desses limites para não parecer faladeiras ou inconvenientes, não vamos romper só com as regras, mas com a credibilidade daquilo que ensinamos. E sempre que abrirmos mão de uma regra, tenha certeza que os nossos filhos vão infringir outra. É necessário frisar que não há garantias, mesmo com os sinais de alerta acesos, há o livre arbítrio, são eles que escolhem os seus caminhos. Limites, é como uma escada na ladeira, desceu correndo, não consegue parar até que a escada acabe. Mantenha os sinais de alerta, acesos, para não errar o caminho.
Déa Corrêa

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