Solidão, aprendizados e descobertas

A solidão, o estar sozinho, nos remete a lugares sombrios, brota no peito um sentimento de esquecimento, de que não somos mais importantes, porque quando não somos lembrados, a gente pensa que deixou de existir, na memória e no coração das pessoas. A sensação de ser esquecido, de não ter ninguém por perto, pode ser frustrante, capaz de levar a auto estima aos níveis mais baixo, fazer pensar que não somos nada e a gente precisa estar cercado de atenção, para se sentir vivo, mas essa solidão, esse estar só, pode ser um momento de grande aprendizado, um período de grandes descobertas,  e essa solidão pode ser uma companhia muito agradável. Usar esse tempo de reclusão, dessa obrigatoriedade de estar em casa, de não poder sair para qualquer lugar, para aprender sobre as relações que te fazem bem, entender o que realmente é de vital importância para se sentir completa, descobrir quem é você e o que precisa na vida, além de estar cercada por qualquer tipo de companhia. Ler é tudo de bom, e pode ser a ferramenta mais importante nessa descoberta, desse "quem é você", a leitura nos leva a refletir sobre pontos que não prestamos atenção, quando estamos acompanhados, depois da leitura, a televisão pode ser de grande ajuda nessa descoberta interna, podemos aprender com as diversas narrativas, usar como reflexão os temas abordados em cada história. A  arte nos transporta para um mundo gigantesco de novas experiências e o fato de estar só, impede que sejamos influenciados por outras ideias, descobrimos sobre o que estamos alicerçados e quem somos diante dessas possibilidades. Esses momentos de introspecção, de saber quem somos, renovam a nossa energia e a vontade de viver, fazem a gente ser especial, e essa paz resplandece em nossas ações, como abelhas em busca de alimento, esse estar de bem com a vida, atrai pessoas, todo mundo quer estar ao lado de quem descobre a pólvora. Além de ler, aprendi a escrever sobre os meus sentimentos, consigo transformar em palavras escritas, as minhas emoções, e a partir disso nunca mais fiquei sozinha, as palavras nunca me deixam desacompanhadas, através delas, descobri quem eu sou e até onde preciso ir para preencher os espaços vazios da minha alma. A mente vazia, que não tem nada para compartilhar é que precisa de companhia para não enferrujar. Uma mente saudável, dona de si, leva até o infinito, só ou acompanhada, cabe a você escolher.

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