Não germinamos a semente que escolhemos plantar

 Sugestionados pela máxima de que colhemos o que plantamos, a gente se desdobra para fazer uma boa colheita. Regulamos as palavras, buscamos a resiliência, contrapomos as nossas vontades, esquecemos as afrontas, não retribuímos o mal, agimos com lealdade em todas as ações, amamos além de tudo. Mas, toda essa dedicação ao plantio não é garantia de boa colheita, na vida e na agricultura colhemos aquilo que é resultado do que plantamos, mas a perspectiva sobre a qualidade da semente e da dependência da natureza é diferente sob os pontos de observação, porque a gente sempre pensa estar lidando com sementes e natureza de determinada qualidade e elas nos surpreendem, nascem espinhos no pé de primavera em pleno inverno e caem as flores da azaleia na primavera, a gente nunca sabe. Portanto, sem esperar surpresas, continue plantando as suas melhores sementes, ainda que não colha só flores, os espinhos fazem parte desse processo de crescimento e amadurecimento. Se mantenha firmado na esperança de dias melhores e colheitas fartas, nem só de flores vive o campo, mas de todo verde que a natureza produz. A terra não escolhe a semente que germina, e nós não germinamos a semente que escolhemos plantar.    

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