Páginas vazias

Um livro, páginas vazias, sem histórias, sem memórias, sem roteiros, protagonistas ou coadjuvantes, remete a alguém que não busca para si, uma vida a ser compartilhada, páginas em branco não dizem nada, fazem pensar em ostracismo, exílio, exclusão, solidão. Cada ser escreve no livro da vida sua trajetória, e isso impacta de forma positiva ou negativa a vida de outras pessoas e quando abrimos as memórias, se não aconteceu a construção de um texto, torna-se nula, não tem o que contar, ninguém perde tempo para ler. É no compartilhamento dessas vivências que construímos dia a dia o enredo dessa vida e para isso tem que haver encontros, desavenças, abraços, festas, viagens, sorrisos, choro, fim, recomeço, fé e conquistas. Há que ser receptivo às oportunidades de um novo plano, desvendar segredos, contrapor ideias, não somos donos de uma única verdade, respeito aos divergentes e sobretudo desejo de viver essa história. A vida só importa se tiver algo para contar e marcar o coração do outro com lembranças. Você é, o que vive, não o que deseja ou pensa viver. Embora, alguns pensem na vida como infinita, ela em um momento ou outro termina, e o livro, que tinha páginas a serem escritas, vai ser finalizado com histórias que nunca viveu e por alguém que não sabe quem você foi, porque esteve longe o bastante para não ser desvendado. Compartilhe a vida.     

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