Esperança é a última a dizer adeus

 Um pedaço de nós é arrancado a força quando abrimos mão dos nossos filhos, para que o mundo os conheça. É doido demais deixar que criem suas próprias regras, que finquem suas raízes onde desejam estar, a gente finge que não sente, que eles podem ir sem voltar. Os filhos não seguem os nossos caminhos, constroem suas estradas do jeito que entendem ser o jeito certo e o nosso papel principal fica para um segundo plano, o "nosso jeito" já não existe, as nossas vivências se apagam, os valores mudam, tudo que fizemos pensando em futuro não serve de nada, tudo agora, tem um preço que não estamos dispostos a pagar. A gente olha a estrada, na esperança que dia desses, algum possa voltar para dizer que estamos certos nas nossas convicções, que aprenderam e querem seguir o caminho que preparamos para caminhem tranquilos, na direção certa. Todos os dias, os caminhos mudam, o jogo se torna mais difícil e a gente muda as regras na esperança que venham jogar o seu jogo. Os olhos não perdem de vista, a estrada vazia, esperança é a última a dizer adeus.

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