Minhas regras, suas verdades

Chega o momento crucial na vida de todas as mães "abrir mão de ser o centro dos desejos, necessidades e opções dos filhos". Algumas mulheres passam por esta fase de emancipação filiar sem grandes dificuldades, enquanto outras sofrem com esta transição, da  total dependência para a independência. Tenho dois filhos nessa fase, e situações opostas de comportamentos. Tanila, 24 anos, continua participando dos eventos familiares, salvo quando tem outros compromissos, obedece as regras da casa sem questionar. Lucca, 20 anos, não participa de quase nenhum evento dessa categoria, rompe com quase todas as regras impostas. Confesso que sofro demais com essa situação, chego a reservar o hotel contando com a presença dele nas viagens, mesmo sabendo que  não vai, continuo a insistir nessa expectativa. Incomoda saber que a minha companhia não é desejada nos momentos de diversão, que não há horários para voltar para casa, o trabalho e a faculdade limitam um pouco essas saídas, mas não sou eu que detenho o controle. E essa situação não acontece por conflitos, temos um ótimo relacionamento. Acredito que essa fase de libertação dos filhos, marca de forma mais intensa a vida da mãe. Essa liberdade para os filhos é prazerosa, poder dizer não para coisas que não agradam é muito bom, ter o controle sobre as situações é o que mais almejam na juventude. Fazemos planos para os filhos, mas o amém depende do que querem fazer, as nossas vontades não podem ser impostas de forma arbitrária. Essa emancipação passa por fases de transição, no primeiro momento se dá com relação aos horários, até chegar ao rompimento total das regras impostas pelos pais. Não adianta pensar que vai ser diferente, você já foi jovem e essa rebeldia é inerente à eles. Uma dose extra de sabedoria é necessária para transpor essa fase sem afetar os relacionamentos dentro da família. A bíblia ensina que devemos ensinar às crianças e que mesmo quando forem adultos não esquecerão esses ensinamentos. Se a sua consciência está tranquila com relação aos valores ensinados, não se preocupe, por mais rebeldes que sejam,  sabem de onde saíram. Meu conselho para enfrentar essa fase é "aceite essas fases de transição da adolescência para a fase adulta com muito amor, só ele é capaz de nos manter focadas sobre a grande obra que nos foi entregue, a maternidade. Ser mãe, é abrir mão das nossas verdades para viver a vida ao lado dos filhos.

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