Eu, tenho o controle e a força

Mulheres, para sermos respeitadas, necessitamos provar que somos fortes, que a gente vai além, a força física é menor, esse é o único obstáculo que, talvez, possa impedir uma mulher de ser grande, em qualquer atividade que deseje exercer, digo talvez, porque algumas já conseguem competir em igualdade, no quesito força. A gente cresce ouvindo "você tem que ser forte" "você tem que ser a melhor" "você não pode fraquejar" "você tem que vencer" "você precisa estudar mais para ficar em primeiro lugar" "se não se arrumar, não vai casar", porque além de todos os obstáculos, ser mulher já nos define, como mais fracas, menos competentes ou incapazes para exercer algumas funções, e a gente segue, matando um leão por dia, para provar que com muita dedicação e empenho, a gente consegue.Vi, numa cena da novela, o desabafo de uma das personagens, que estava cansada de ter que ser forte em todos os momentos, porque era mulher, pobre, negra e estava cansada, diante daquela dificuldade, reivindicava o direito à sua fragilidade, queria ser fraca. Me identifiquei com aquela fala. Mas, mulheres fracas, não sobrevivem, as que sucumbem, vivem a sua fragilidade, ficam para trás, como se fossem nada, pisam sobre as nossas cabeças, e a gente morre. Algumas situações, fazem a gente querer deixar de ser forte, cansamos dessa batalha constante, de tantas responsabilidades sobre os nossos ombros, é muito peso para carregar, é família, filhos, serviços domésticos, maridos, alicerce financeiro, cobranças constantes sobre a forma física, tomamos para nós responsabilidades em demasia, e arrumar coragem para dizer que queremos ser fracas, é o novo desafio. Importa saber a hora de seguir o jumento, quando não aguenta carregar a carga, ele deita. O controle está em nossas mãos. Antes, eu não podia ser forte. Depois, eu não podia ser fraca. Agora, sou eu quem decido, ser forte ou ser fraca, talvez, um pouco de cada, depende do dia. 

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