A obra tem que continuar

A vida é uma montanha alta, com fendas e frestas capazes para engolir alguém desatento, construída em etapas, utilizando diversos materiais, num processo lento e dispendioso, tendo como alicerce um amontoado de coisas desnecessárias e fúteis que fazemos parecer importantes. Podemos usá-la como referência, para falarmos sobre a vida e sobre como construímos os nossos destinos e servindo como exemplo para as bases mal construídas, que em algum momento vão ruir, e essa ruptura, vai impedir que os novos caminhos sejam restaurados. Não adianta pensar que situações que começam de forma inadequada,  podem ser endireitadas ou reconstruídas e inseridas na base com a montanha em construção, depois que assentou a massa, o resultado é definitivo. A pretensão, é fazer que entenda, que são as ações, que fazem a montanha crescer, foco, determinação e muito trabalho, direcionam os objetivos da obra e ela depende das suas ações para ser finalizada. Escolhemos a profissão, como nos sustentamos e quanto desejamos crescer profissionalmente, e isso reflete na condição financeira. A gente escolhe um companheiro para dividir a vida, decide casar, absorve a sua forma de viver, decide por filhos ou não, educa da forma que achar mais adequada e são essas ações que fazem a montanha da vida tomar forma. Para fazer com que cresça da forma adequada, utilizamos todas as nossas reservas de força, não sobra nenhum espaço para a preguiça. A vida se encarrega de produzir os materiais necessários à obra, e a qualidade deles depende do seu esforço.
Quando aparecerem as pedras, daquelas grandes, não possíveis de contornar, no primeiro instante, pensamos em desistir da construção, interrompemos os trabalhos, dispensamos os trabalhadores, abandonamos tudo, sem planejar, nos escondemos atrás da pedra grande e ficamos quietinhos, esperando a pedra se desfazer. Depois de algum tempo ali escondidos, cansamos, a gente pensa em retomar a obra, mas a montanha apresenta algumas avarias, já não é tão perfeita, esse tempo com a obra parada, sem produção, causou muitos estragos, essa construção é interminável, enquanto houver vida, haverá alguma parte a ser construída. Obras paradas resultam em montanhas frágeis, suscetíveis às tempestades, sem apoio, tendem a viver escoradas. Cada pessoa, com as suas ações e decisões constroem a montanha do jeito que deseja, cada um dá a ela o direcionamento que pensa ser ideal e é esse foco que não deve ser perdido, quando o assunto é construção da montanha, qualquer distração pode interferir no resultado final e mesmo com o caminho obstruído, nunca pense em parar definitivamente, empenhe menos força quando precisar descansar, mas não espere a pedra rolar, sozinha. É você quem deve empurrar os obstáculos que aparecerem, montanha a baixo. Força nesse braço, a obra tem que continuar. 

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