Pintando o mundo com as cores da paz

Quando escolhemos um lado ou decidimos visualizar apenas uma direção, sem levar em conta situações e possibilidades, a gente passa o tempo de mãos dadas com a mediocridade, uma visão ampliada pelo bom senso, abre novas possibilidades. A verdade é relativa, muda diante de expectativas, prismas, luz e ângulos diferenciados, imprimem cor, forma e claridade à imagem desbotada. Um bom fotógrafo transforma essa imagem com técnica e influencia a perspectiva daquilo que é ou não verdade, estamos sujeitos à limitada visão daqueles que decidem olhar sempre para o mesmo lado. Para decidir sobre qual lado da trincheira lutaremos as nossas guerras, não podemos ter dúvidas sobre qual bandeira está sendo levantada, essa linha divisória imaginária, impede a aproximação e perdemos a oportunidade de conhecer o outro lado do adversário. Esse afastamento tritura e amplia o esfriamento nos relacionamentos, influencia o modo pelo qual entendemos essas diferenças, nessas guerras individuais escolhemos lados incertos, ficamos sobre o muro sem saber para onde correr e no meio desse fogo amigo, não dá para evitar os conflitos, os tiros acertam e fazem feridas. Mesmo quando não declaramos e nem participamos da guerra, não temos o direito da paz, os respingos do vírus da intolerância alcança a todos. Se todas as guerras cessassem, os ateadores de fogo seriam exterminados por falta de ocupação e as chamas dessa guerra inútil, sem vencedores, não chegariam a queimar aqueles que decidem permanecer na neutralidade, sem ter que escolher um lado da trincheira para lutar, podíamos brincar de pular as valas abertas. A bandeira içada não é preta e nem  vermelha, tem um toque de neutralidade e qualquer que seja a luta, sem objetivos e relativamente desnecessárias, desejamos ficar à parte, sem o árduo sacrifício de marcar os limites das fronteiras ou à mercê de ideias equivocadas. Aqui começa o caminho da paz, só ultrapasse se estiver cansado da guerra e tenha sonhos de pintar o mundo com as cores da paz.

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