Todos os dias, são apenas dias

Nomeamos os dias, damos a eles títulos importantes, criamos expectativas sobre a sua chegada, esperamos com muita ansiedade, para que uns se tornem mais marcantes que outros, na esperança, que sejam dias mais especiais. A gente não tem ilusões, no fundo sabemos, que são apenas dias comuns, enfeitados com flores de plástico, criados de forma comercial, no intuito de imputar valor a uma data comum. Sem a devida nomenclatura, é apenas mais um dia, sem importância. Os dias não seriam dia de nada, se em meio as palavras, não houvesse uma, que o nomeasse de forma diferenciada. Dias inventados podem trazer alegrias, mas também grandes tristezas,  sem contar ou nomear, os dias seguem numa sucessão maçante, um após outro, sucessivamente. Mas, também há uma outra possibilidade, podemos nomear de forma invertida, os dias especiais podem tomar posse dos dias simples, assumem o controle de todos os outros, dão a eles uma roupagem nova, com a devida nomenclatura, cada dia pode se tornar especial, podemos pensar que todos os dias são únicos e nunca mais voltarão a ser vividos, e esse dia, quando o último chegar, quando a vida encerrar o crédito dos dias especiais, vai sobrar esse dia "não importante", e ele terá o maior valor que alguém possa dar, para o último dia. O dia sem nome, o que não tem muita graça, nem nome importante, são os que fecham a conta, aqueles que influenciam o resultado da soma dos seus dias, podem ser maravilhosos, desde que entenda, que nenhum dia é melhor que outro, e que para valer o seu peso em ouro, tem que ser vividos plenamente em todas as possibilidades.  

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