A mulher que queria ser

Já disse que não sou fácil para conviver, já expliquei que faço coisas que algumas vezes não agradam. Estou fora do peso ideal. Sou teimosa e fico magoada. Meus cabelos já não tem o mesmo volume e parecem que levaram um choque pela manhã , os pés vacilam em algumas situações, algumas rugas já aparecem no canto dos olhos. Acordo azeda, e não faço o café da manhã. Não sou organizada e deixo o arroz queimar. Sempre deixo coisas por terminar. Alguns projetos não serão retomados e sempre abandono alguma dieta. Tentei por diversas vezes me transformar nessa pessoa idealizada nos meus pensamentos, a mulher que queria ser, mas algumas circunstâncias sempre impedem essas mudanças. Digo que a vida está me levando no rumo certo, que a cada dia acontecem transformações que vão nos tornando melhor, mas quando olho para o espelho, não enxergo essa pessoa transformada, madura e segura das suas convicções, vejo apenas a mulher comum e todos os seus muitos defeitos. Mulher é assim, não enxerga coisas boas. O espelho não consegue esconder essas imperfeições. De uns tempos, comecei a prestar atenção nesses detalhes e percebi que esses defeitos, na verdade, é o que temos de melhor, o que não conseguimos mudar é exatamente o que nos faz diferentes. Os  defeitos são as melhores qualidades, o que é possível mudar, cria apenas uma cópia ruim, do outro. Aprende a conviver com as imperfeições. Seus olhos, sua mente, seu corpo, seu cabelo, sua personalidade, seus sentimentos. Eu, sem filtros ou correções, única e especial. 

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