Árvore das vidas

Estamos vivendo como alienados, trancados dentro das nossas vidas e não percebemos o entorno, deixamos o nosso mundo particular ocupar sozinho o espaço, sem interligações. Não enxergamos o outro, só importam os nossos sentimentos, as nossas necessidades e os desejos sobre o que desejamos conquistar. Houve um tempo, descritos nos livros de histórias, que outras pessoas se importaram tanto que travaram lutas, brigaram em nome da vida, lutaram contra a exploração, contra a escravidão, pela liberdade, pelos direitos. Mas, hoje, os poucos que decidem intervir sobre qualquer situação, o fazem por modinhas, sem a empatia que o diferencia dos demais. As redes sociais incitam essas manifestações, mas não incentivam o envolvimento emocional sobre essas reivindicações, lutamos por causas desconhecidas, como robôs, com um coração de lata coordenando as ações. Caminhamos para um futuro frio, com o minimo envolvimento emocional possível. Me preocupa as relações familiares no futuro,  não conhecemos, hoje, boa parte dos nossos parentes, em alguns casos só temos relações afetivas com os de primeiro grau, filhos, pai, mãe e irmãos, em algumas situações nem os sobrinhos fazem parte dessas relações. Cada vez mais, as famílias na forma sobre a qual conhecemos desaparecem, os filhos são filhos de vários pais, avós de uns que não são dos outros,  mães de filhos que não podem se encontrar. Essas relações familiares confusas contribuem para o distanciamento, é muito complicado manter relações sociais entre os membros. Um esforço grande será necessário para ensinar a essas famílias líquidas sobre o amor. As portas das casas precisam ser abertas para um novo diálogo entre os seus membros. Encontros devem ser incentivados, não podemos deixar morrer o prazer do abraço. Preenche esse vazio emocional com encontros, ensina os seus filhos que existe vida lá fora, às vezes, essas visitas trazem alguns problemas ou conflitos, família é assim mesmo, difícil conciliar, mas tenta lembrar quantas vezes já fizeram sorrir. Convoco uma mobilização familiar geral contra os alienados que não gostam de encontrar, liga para eles, convida para jantar. Não podemos deixar morrer o prazer de encontrar ou se importar com o futuro das relações interpessoais. A árvore da vida deve ter todos os nomes marcados.

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