Discipulado de dependência

Minha relação com Deus sempre foi solitária, não vivi a fase do cuidado inicial, ter alguém ao lado em todo o tempo para ensinar sobre Jesus e o seu poder. O discipulado foi acontecendo conforme as necessidades, morando longe da igreja, tive que aprender a me virar sozinha. Conheci a palavra através da força de algumas mulheres especiais, não se dobravam diante dos problemas, fiquei mais resistente vendo elas lutarem. Alguns episódios foram tensos, nos mais difíceis, estive só, tive que aprender a nadar, mas dou graças a Deus por cada um deles, tornei-me uma mulher forte, a   fé foi gerada, como numa gestação, em etapas, aos poucos, aprendi a dobrar os joelhos e buscar ajuda e a cada batalha vencida, comecei a não duvidar. Quando aprendemos na prática, o aprendizado é mais eficiente que a teoria. Algumas mulheres vivem um relacionamento de dependência com a igreja, não conseguem ter intimidade, parece que a oração não tem efeito, necessitam de amparo em todos os momentos. Não sei se essa independência foi boa, às vezes, tenho vontade de pedir um colo, mas daí eu lembro que não tem ninguém por perto e a necessidade passa. Quando a gente se liberta dessa dependência da oração do outro, criamos uma intimidade baseada na confiança em Deus. É só você e ele, sem intermediários, e essa conversa pode ser mais aberta, sem medos ou desconfiança, o vocabulário parece ampliado, dá para dizer tudo. Mulheres fortes, guiadas pela palavra de Deus, também choram e sofrem aflições e nesses momentos é bom ter alguém ao lado para ajudar, mas se não tiver, não há motivos para desespero, se posicione com  segurança, olha para o alto, sem medo,  o teu socorro vem dos altos céus. Tome as rédeas das suas necessidades sem depender de pessoas. Você e Deus, é suficiente.
Déa Corrêa

  

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