Notícias ruins

Todos os dias, antes de levantar da cama, acompanho o noticiário pela tv, e logo cedo sou bombardeada por notícias ruins. Poucas vezes pude começar o dia, vendo o jornal, sem o sentimento da indignação sobre os acontecimentos relatados. Tenho as emoções abaladas por muitas tragédias familiares. Carrego comigo o sofrimento dessas famílias. Levo para o meu dia a impotência sobre determinadas situações. Algumas vezes, adormeço novamente com a TV ligada, mas não há mais sofrimento, aquelas notícias não afetam mais o meu dia, ainda que continuem sendo exibidas o meu cérebro deixou de expressar indignação. Ainda que ecoem pelas paredes do quarto, essas notícias já não fazem sofrer, não ouço a voz da dor. Não há credibilidade nas vozes que não foram ouvidas pelo coração. Posso escolher o que ouvir. Tenho o comando sobre tudo que absorvo a cada manhã. E eu decido o limite da tolerância. A lição é,  se permitirmos processar tudo que acontece, vamos viver com as emoções abaladas, em alguns momentos fechar os olhos, dormir e não ouvir a notícia completa, traz um pouco de alívio, o que o cérebro não absorve, o coração não sofre. É possível escolher o que se quer absorver, se não cochilar, aprende a desligar a TV, mantenha o controle por perto. Não podemos fazer nada além de orar pelos que sofrem ou pelos que causam esses grandes sofrimentos. Mas é minha a decisão sobre começar o dia ouvindo boas ou más notícias. Faz diferença pensar que nem tudo está perdido, que ainda há uma pequena esperança. Tudo depende sobre como processa as notícias do jornal da manhã.
Déa Corrêa

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